Resenhas

“Divertida Mente” – Resenha de Cinema

Assistimos Divertida Mente (Inside Out) da Disney / Pixar na estreia e vim aqui compartilhar com vocês o que eu achei do filme. Se ainda não viu, pode ler sem medo, não vou estragar a surpresa!

Ficha Técnica:

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Sinopse:Riley é uma garota de 11 anos que tem uma vida muito alegre no estado de Minnesota. Porém seus pais decidem se mudar para San Francisco e acabam desencadeando uma série de conflitos na cabeça de Riley, que é comandada por várias emoções diferentes: Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza. As emoções acabam criando uma confusão na sala de controle enquanto a vida da garota muda drasticamente.

Dirigido por: Pete Docter, Ronaldo Del Carmen

Gênero:Animação, Comédia, Drama, Família (94 min – 2D e 3D)

Classificação Indicativa:Livre
Lançamento:18 de junho de 2015| 19 de junho de 2015

Pixar Animation Studios / Walt Disney Pictures

Resenha | Opinião

Fortes emoções. Com certeza, se você é uma pessoa emotiva, com leve tendência a chorar durante alguns filmes, leve um lencinho! Pelo menos eu passei por alguns momentos sensíveis durante a trama. E simplesmente acho sensacional quando um longa-metragem consegue fazer isso com o público! – Sim! Não fui a única! Teve mais gente que deixou escapar umas lagriminhas na sessão…

Primeiramente, gostei da ideia do filme logo de cara! Eu já tinha me pegado pensando como seria “dentro” da nossa cabeça, com aquelas várias “vozes” controlando nossas reações. Fiquei super ansiosa pra ver como a Disney / Pixar teria realizado o desenvolvimento da história.

Como já é de praxe, não vou falar de coisas muito técnicas, mas sim das mensagens subentendidas e das aplicações delas na nossa realidade. E quando penso nisso, a primeira mensagem que vem à cabeça é: todo mundo é importante e essencial! E isso se aplica aos nossos sentimentos também!

O que quero dizer é que a maioria das pessoas pode ver a Tristeza como algo ruim, que não deveria existir, uma sensação que só traz más lembranças… Dispensável em qualquer circunstância durante a nossa vida. Mas a verdade é que até mesmo a Tristeza é capaz de nos ajudar a crescer, a superar momentos difíceis e a nos confortar nas piores situações porque é por meio dela que reconhecemos os verdadeiros amigos e damos valor para os momentos que a Alegria nos proporciona. Podemos pensar da mesma forma sobre o Medo, o Raiva e a Nojinho. Muitas vezes o Medo nos protege, Raiva nos estimula a superar nossos próprios limites e Nojinho é capaz de moldar nosso senso de bom e ruim.

Agora vem o mais importante: nada em excesso é saudável. E é ao passar essa mensagem que o filme consegue chegar ao topo no meu conceito. Afinal, somos feitos de momentos. Temos sensações diferentes de acordo com cada situação que nos é proporcionada e graças a isso criamos nossa personalidade. O equilíbrio dessas sensações é que traz a verdadeira e complexa composição do que somos.

Medo em excesso pode fazer você perder oportunidades; Raiva exacerbada pode te afastar de todo mundo; Tristeza descontrolada pode fazer você não conseguir ser positivo(a); Nojinho extrapolado pode te fazer ser esnobe e não ter a noção de pertença social; e Alegria em abundância pode simplesmente não ser útil para mais ninguém além de você mesmo(a), principalmente quando sua alegria afasta você da compreensão do sofrimento alheio.

Várias cenas do filme dão a possibilidade de analisar cada uma dessas sensações e perceber que todas, absolutamente todas, têm seu lado positivo e seu lado negativo. E aí está a magia de mais um filme Disney com uma “moral da história” bem interessante: ninguém é melhor que ninguém, nem mesmo as sensações!

Outro fator curioso do filme é o modo como ele apresenta as “ilhas” de memórias base que moldam nossa personalidade. No início das nossas vidas provavelmente essas ilhas deviam ser comandadas pela Alegria… Afinal, normalmente nos lembramos da infância com muito saudosismo! Com o tempo vamos sofrendo mudanças drásticas: pode ser mudança de casa, de escola, morte de alguém querido ou até mesmo a puberdade. Nesses momentos nossa cabeça parece que passa por uma série de conflitos, como se nenhuma emoção estivesse de fato no comando… Podemos ter segundos de raiva, seguidos por minutos de alegria ou até mesmo horas de medo… Tudo parece estar bagunçado, tentando achar seu próprio lugar. E cada vez que isso ocorre acabamos criando novas memórias, novas percepções de vida e até mesmo reafirmando, destruindo ou adicionando novos traços depersonalidade. O que justifica termos “fases na vida” na qual estamos sendo “comandados” por um tipo de humor / energia / sensação diferente.

Por fim, podemos fazer uma grande análise do filme: quem disse que somos comandados pela Alegria, Raiva, Tristeza, Nojinho e Medo? Vai que no fundo a ideia é mostrar que a própria Riley acabava decidindo quem ficava no comando? E por isso algumas emoções “se perderam”, outras “tomaram o controle” para que, depois do conflito, a própria Riley se organizasse melhor?

Eu super recomendo esse filme porque achei sensacional de verdade! Vocês podem assisti-lo várias vezes para fazer diversas análises… Porque tem espaço pra muitas! – tenho muitas mais fervilhando na minha cabeça! – Agora, quero saber o que vocês acham: faltou o Amor ser uma das sensações da “sala de comando”? Ou o Amor é a junção da Alegria, do Medo, da Raiva, da Tristeza e da Nojinho? Deixem aqui nos comentários a opinião de vocês!
Até a próxima! *Hoot-hoot*

Atualizado em 20 de junho de 2015 por Luciene Sans

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1 Comentário

  • Reply
    Renata Canal
    3 de junho de 2016 at 10:20

    Muito interessante. Sempre fico admirada quando pesquiso e começo a ler sobre esses assuntos

Vamos Conversar!