Oiê pessoal!
Assistimos à estreia de Peter Pan (Pan) no cinema e vim compartilhar com vocês o que achei do filme. Não se preocupe! Se você ainda não assistiu, pode ler sem medo! Não vou estragar a surpresa! Aqui não tem spoilers!
Esse não é um remake da versão do filme feita pela Disney, por exemplo. Na verdade, a ideia é uma espécie de releitura / adaptação de um momento anterior à clássica história que conhecemos do garoto que não quer crescer, que tem sua sombra com personalidade própria e é acompanhado por uma fadinha, chamada Sininho (Tinker Bell). Por isso os dizeres “toda lenda tem um início“.
Essa informação é extremamente importante para que você assista ao filme com a mente aberta, sem fazer comparações ou criar expectativas não condizentes – assim como em Oz: Mágico e Poderoso.
Eu adorei essa versão de Peter Pan! Achei muito inusitada em algumas partes, o que recheou o filme de ação e emoção! Pra quem gosta de viajar pensando no antes e no depois do que teria acontecido em relação a uma história, esse filme traz uma boa oportunidade de fazer isso. Primeiro ele começa com uma frase crucial para todo o desenrolar da trama e que, com certeza, causa várias reflexões: “às vezes amigos começam como inimigos e inimigos começam como amigos“. E como se pode esperar pela sinopse, o vilão não é o Capitão Gancho – pelo menos ainda não…!! – mas sim o Barba Negra! Achei muito perspicaz a união desse personagem que imediatamente me faz lembrar do filme Piratas do Caribe.
Sem mencionar a excelência técnica do longa, também presente na saga de filmes do Harry Potter produzidos pela Warner, com vários efeitos legais, atuação bem elaborada, cenários e figurinos que impressionam e uma trilha sonora envolvente, o filme também traz algumas possibilidades de reflexão que estão nas entrelinhas – e como vocês sabem, eu adoro fazer análises que focam esse lado!
Eu assisti a versão em 3D e gostei bastante. Nem todo filme consegue aproveitar o máximo dessa tecnologia, mas deu para perceber a preocupação que tiveram em trazer cenas interativas e que pudessem envolver o espectador com cada momento! Eu, inclusive, cheguei a achar que um objeto tinha vindo em minha direção e acabei fechando os olhos depressa! Acho incrível quando o filme proporciona algo assim!
Algumas dessas reflexões são causadas por alguns atributos clichês, mas nem por isso devem ser desconsideradas. O garoto órfão Peter, que tem esperança de se reencontrar com sua mãe, muitas vezes passa por momentos descriminatórios, causados pelas pessoas e até por ele mesmo. O filme leva a mensagem que devemos acreditar em nós mesmos, independente de onde viemos. E ele faz isso de algumas maneiras interessantes e diferentes, colocando Peter em situações variadas e brigando com ele mesmo em várias delas.
Outra reflexão é sobre o egoísmo e como isso pode prejudicar uma pessoa. Confesso que essa versão de Peter Pan me fez lembrar do filme Enrolados (Disney)! A pessoa egoísta e mesquinha acaba cavando o próprio buraco e agindo de forma impensada, até meio estúpida às vezes… E esse filme retrata um pouco dessa realidade.
Existem outros pontos reflexivos ao longo da trama, com frases de efeito interessantes como “a morte é a maior das aventuras” e “eles não acreditarão se você não acreditar“… Mas, sendo sincera, uma das reflexões que mais me prendeu foi a que surgiu quando ouvi a fase dita a James Hook / Gancho: “casa não é de onde se vem e sim o que se constrói“. Ah! Essa frase sim deu margem pra várias “reflexões inéditas”! Sem spoilers, mas apenas para fim de contextualização, imagine uma pessoa que nunca teve algo para chamar de lar, mas que quer “voltar pra casa”, mesmo sem ter a mínima noção do que isso significa. Essa pessoa, tão determinada a voltar a ter o que nunca teve recebe um choque de realidade quando percebe que o termo “casa / lar” não se trata de algo material, físico ou que obrigatoriamente é imposto a ser seu desde o nascimento. A verdade é que lar não é de onde se vem, nem depende de quem te deu à vida, mas é a construção de algo valioso que pode ser desenvolvido ou não.
Acredito também que lar não é apenas um lugar. Você pode ter vários lares! Vários lugares onde você se sente bem vindo, sente que construiu algo valioso ali! Pode ser um relacionamento, uma lembrança, um sentimento. Lar é mutável, variável, condicionável. Você constrói o seu lar. Ou os seus lares – que pode até mesmo incluir um barco voador chamado Jolly Roger! – E isso não está intrinsecamente ligado ao seu nascimento, mas sim aos laços de ligação com as pessoas e os momentos. Esse filme, de um modo misterioso e sutil, consegue nos mostrar como lar é algo subjetivo e não material e essa sensação que é brotada em quem assiste vale muito à pena!
É por isso que eu gostei muito do filme e recomendo a todos que gostam de viajar nos pensamentos e nas reflexões sobre o antes e o depois de histórias clássicas! E vocês? Já assistiram Peter Pan e mergulharam na Terra do Nunca e no mundo das fadas? O que acharam do filme? Gostariam de ver uma sequência? Contem pra mim nos comentários! Ah! E confiram o site oficial do filme que traz bastante interação!
Até a próxima! *Hoot-hoot*
This post was last modified on 31 de maio de 2019 12:46
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Comentários:
Estou louca pra ver esse filme sabia que aqui em Portugal filmes não dublados, são tudo legendado e particularmente uma coisa que em incomoda kk por que não curto filmes kkk legendado adoro Peter Pan vou ver kkk amei seu blog sim me identifiquei com vc kkk
Um Grande Beijo da Ari parabens pelo blog ja tem uma leitora
Oii Ariana!! Sério que não tem filmes dublados aí em Portugal? Puxa! Eu gosto de filmes legendados também, mas tem hora que o dublado é muito bem vindo vindo! Hehehe! Obrigada pelo carinho!! Fico feliz que tenha gostado do blog!! Muito obrigada mesmo!!
Beijinhos!
Fantástico! O filme permite essas várias reflexões realmente! Para mim, a que chamou mais atenção foi ouvir que "a morte é uma aventura" e "se não acreditar em você mesmo, os outros não acreditarão!"
Oii Cláudia!! Você tem toda razão, são várias reflexões que a gente pode fazer! Também adorei as frases "a morte é uma aventura" e "se não acreditar em você mesmo, os outros não acreditarão"... A primeira me fez lembrar um pouco da cultura oriental, que encara a morte de um jeito um pouco diferente da cultura ocidental. E a segunda... Pôxa! A segunda frase é incrível por si só! Também me faz lembrar de uma frase famosa: "não sabendo que era impossível, foi lá e fez". Tem tudo a ver com as próprias limitações que colocamos na gente mesmo né?
Muito obrigada pelo seu comentário e por participar aqui no blog! Fiquei muito feliz por isso!
Super beijo!
Oii,neu não tive a oportunidade de assistir esse filme, mas queria sabe se a Wendy participa dele?
Oiii Amanda!! Infelizmente a Wendy não aparece no filme. Isso acontece porque a história do filme é antes da Wendy e de seus irmãos, é antes até do Peter se "transformar" em Peter Pan. Ou seja, é como se o filme mostrasse o que aconteceu antes do clássico que conhecemos, sabe? Na trama aparece a Terra do Nunca e até as fadas, mas é como se fosse um complemento da história original. Pra ser sincera, não me recordo se por acaso a Wendy aparece mais pro final do filme... Mas se ela aparece, é realmente simbólico, sem uma participação muito efetiva. Apesar disso, é bem legal o filme! Quando puder assistir, assista sim!
Muito obrigada por participar aqui no blog! Espero ter ajudado! Beijos!
Lindo visualmente, boas atuações mas fraco no roteiro. O filme não me cativou neste quesito na qual para mim e crucial. Gostei da sua resenha.
Oii Layla!! Que bom que você gostou da resenha! Eu gosto de analisar os filmes de um modo mais "reflexivo", digamos assim! Acho que por trás de toda técnica cinematográfica, efeitos e atuação (que, concordo com você, são realmente bons nesse filme) existem coisas legais que às vezes passam batido!
Fiquei muito feliz com seu comentário! Obrigada por participar aqui no blog!! :-)
E o final da pergunta do PAN para o GANCHO...
Algo como: - Seremos sempre amigos!
Deu vontade de entrar no filme e dizer ao PAN ... - Só Que Não