Oiê pessoal! Fomos convidados por Adoro Cinema e Warner Bros pra ir na pré-estreia, que rolou dia 20 de março no Cinépolis do Shopping JK Iguatemi São Paulo, de Jogador Número 1 / Jogador Nº1 (Ready Player One – Warner Brosr) e vim aqui compartilhar com vocês o que achei do filme! Se você ainda não assistiu, pode ler a resenha / reflexão sem medo! Não vou estragar a surpresa! Aqui não tem spoilers.
Se quiser ver um pouco da pré-estreia, voa me seguir nas redes sociais @CorujinhaLulu
(Instagram, Facebook e Twitter)
porque compartilhei essa experiência com vocês por lá!
Gênero: Ação, Aventura, Sci-Fi (140 min – 2D e 3D)
Classificação Indicativa: ainda a definir
Lançamento: 29 de março de 2018
Warner Bros Pictures
Escrever resenhas que vão além do óbvio – e da simples análise de aspectos técnicos cinematográficos – é uma das coisas que mais gosto de fazer. Adoro refletir e buscar aquelas mensagens mais sutis que podem até passar despercebidas se não estivermos totalmente abertos a elas. A análise que você está prestes a ler te convida a dar asas à sua imaginação e voar comigo em mais essa reflexão.
Como de costume, gostaria de mencionar alguns pontos técnicos que merecem destaque. Como marca registrada do diretor Steven Spielberg, este filme é recheado de efeitos especiais impressionantes e uma trilha sonora envolvente – algumas vezes nostálgica, diria – e é um deleite para os fãs de cultura pop, ou seja, se você curte games, filmes, séries, livros, desenhos e personagens icônicos com certeza vai ficar totalmente perdido(a) tentando contar quantas referências existem em Jogador Nº1.
Vocês sabem que eu sou apaixonada por esse universo temático / geek / gamer / pop, tanto é que meu blog possui muito conteúdo a respeito, e por isso esse filme longa-metragem me deixou mega empolgada, principalmente quando reconheci algumas referências como a Hello Kitty na moto da Art3mis / Arty (Olivia Cooke), Goro de Mortal Kombat, diversos jogos do Atari, Tartarugas Ninja, Overwatch, Godzilla, Jurassic Park, King Kong, De Volta Para o Futuro, O Iluminado, Chuck o Boneco Assassino e muitos – mas muuuuitos mesmo – exemplos.
Por conta da minha conexão com esse universo que foi bem representado neste filme, confesso que teria mil e uma reflexões para falar, mas o que gostaria de destacar aqui é um ponto muito importante que o filme retrata: o cuidado que devemos ter ao julgar os outros e ao tirar conclusões precipitadas.
Sei que já falamos disso em outras resenhas / reflexões, como a do vencedor do Oscar 2018 de Melhor Animação: Viva – A Vida é uma Festa (Disney/Pixar) e a do filme A Bela e a Fera (live-action), mas em Jogador Número 1 / Jogador Nº1 esse ponto foi explorado de maneira diferente, o que me fez refletir muito a respeito do assunto.
“As pessoas vêm ao OASIS pelas coisas que elas podem fazer. Mas elas ficam, pelas coisas que elas podem ser” – #JogadorN1
Primeiro, vamos contextualizar: Wade Watts possui um avatar chamado Parzival no jogo OASIS. Mas ele não é o único! Todas as pessoas desse futuro distópico que se passa em 2044 possuem um avatar e estão conectadas o tempo todo aos óculos e vestimentas de realidade virtual, que permite viver, sentir e, principalmente, ser alguém que você quer! Fascinante, não é mesmo?! Se pararmos para pensar, existe algo mágico na internet, nos games, nos quadrinhos, nos filmes, nos livros… E muitas vezes esse “algo mágico” está ligado em ser quem a gente gostaria de ser. Ser um super-herói, um cientista maluco, uma fada, um mago ou uma bruxa, um rico intelectual, uma pessoa “manjadora dos paranauê tudo!”… Normalmente isso existe na nossa imaginação, algumas vezes até no nosso inconsciente! Aquela sensação gostosa – que talvez você não saiba explicar porque existe – de dedicar um tempo para jogar um jogo, ler um livro ou assistir uma série ou um filme fantasioso. O fato é que tudo isso é muito mais intenso quando podemos nos sentir, literalmente, dentro dessa realidade onde podemos ser o que queremos ser.
Jogador Nº1 também fala sobre ter orgulho do que fazemos e deixamos de legado (a ponto de querer que todos saibam quem somos, como o criador do jogo Adventure, Warren Robinett, que adicionou seu nome como o primeiro Easter Egg da história dos games) e sobre ter medo de decepcionar alguém apenas porque nossa aparência pode não estar dentro dos tais padrões de beleza (uma problemática que começa cedo para muitas pessoas e que muitas vezes nos persegue por nossa vida inteira).
Mas seria muito fácil acabar com essa “virtualidade” toda se realmente passássemos a viver a realidade da maneira como realmente gostaríamos, não é mesmo? Já que, como disse James Halliday, “a realidade é real”. Eis que esbarramos em muitas coisas que, infelizmente, existem na nossa realidade. Uma delas é o julgamento alheio / a mania de tirar conclusões precipitadas sobre tudo e todos. E, vamos ser sinceros, não é exatamente um fenômeno que está sob nosso controle, não dá pra simplesmente anular isso usando um cheat ou um hack na vida real. Depende de outra pessoa que você não controla, basicamente um NPC – que significa “non-player character” ou seja um “personagem não jogável” – e que nem sempre está jogando no mesmo time que você.
Acho válido refletirmos sobre isso, principalmente na nossa atualidade, em que convivemos com a tecnologia de um modo jamais visto na história da humanidade. Veja bem, não sou contrária à tecnologia nem aos jogos de videogame ou filmes, muito pelo contrário! Mas sei de pessoas que são contrárias a tudo isso, que acham que os seres humanos podem adquirir hábitos ruins e se tornarem pessoas piores se entrarem em contato com jogos de ação ou filmes de terror. Eu sinceramente acho que isso é uma desculpa que as pessoas inventam pra jogar a culpa em algo que não seja elas mesmas.
Eu sinceramente acho que isso é uma desculpa que as pessoas inventam pra jogar a culpa em algo que não seja elas mesmas.
O que quero dizer é que não precisou um jogo ensinar as pessoas a serem machistas ou preconceituosas, por exemplo, elas já eram antes do ser humano imaginar ser possível criar um videogame. Quero dizer que não é um filme de ação ou de terror que inspira uma pessoa a cometer um homicídio em massa, afinal de contas uma pessoa só é capaz disso se tiver algum distúrbio psicológico e esse distúrbio entraria em ação mais cedo ou mais tarde, independente de ter visto determinado filme. Entende o que quero dizer? Focar os esforços para falar mal de jogos, filmes e afins nada mais é do que desfocar da real causa dos problemas.
O filme é uma adaptação do livro Ready Player One / Jogador Nº1 escrito por Ernest Cline e, como ainda não li o livro, não sei exatamente se houve intenção ou não de tocar nesse tipo de assunto. Mas o filme me fez pensar em como existe pré-julgamento demasiado na nossa sociedade. “Isso é coisa de menino”, “aquilo é coisa de menina”, “mulheres não podem jogar videogame e, se jogam, jogam mal”, “homens não podem dançar ballet”, “todo homem que é cabeleireiro é homossexual”, “toda mulher que pratica luta de braço não é heterossexual”, “não existe amizade sem interesse entre homens e mulheres”, “criança não consegue entender as coisas direito”, “adultos não podem mais ver desenhos porque isso é infantil”… E por aí vai!
Talvez dê pra entender porque as pessoas têm um fascínio tão grande por avatares e jogos onde elas podem ser quem elas quiserem! O anonimato que a internet, de certa forma, proporciona acaba sendo uma ferramenta de “criação de avatares”, por exemplo. No mundo virtual você pode escolher um personagem fortão, alto, que curte mecânica e que tem prestígio por criar e consertar máquinas de última geração! Até alguém, do mundo real, descobrir que você é na verdade uma mulher e começar a te desrespeitar, inferiorizar, humilhar ou até mesmo assediar, pelo simples fato de você ser quem você é na realidade – afinal de contas “mulher não pode jogar videogame”.
Já falei bastante sobre bullying e seus diferentes efeitos em uma reflexão, que te convido a ler caso ainda não tenha lido, sobre o filme Zootopia.
Nem preciso dizer que não concordo com nenhuma dessas afirmações, certo? Todos nós, independente de gênero, idade ou gostos, deveríamos poder ser que a gente quer ser, assim como fazemos numa “realidade virtual”, seja ela no videogame ou simplesmente na nossa imaginação. E pra começarmos a viver o que queremos, precisamos começar a mudar a raiz de tudo! Evitar o preconceito, o pré-julgamento, os esteriótipos, as afirmações sem fundamento, o bullying, as conclusões precipitadas… Dar uma chance pra gente enfrentar o “chefão”, desse jogo chamado vida, juntos – ao invés de sermos o “chefão” de alguém – e sairmos vitoriosos dessa batalha porque, como disse Parzival, “como muitos de vocês, eu só vim aqui para fugir. Mas encontrei algo bem maior do que eu mesmo“. Sou à favor de uma vida com menos egoísmo, julgamento, preconceito e discriminação e mais empatia, amor e irmandade. Com certeza esse seria o requisito mínimo para uma sociedade subir de nível e ter uma convivência melhor, com mais respeito, tolerância e, principalmente, felicidade sem nem mesmo precisar de um avatar.
Quem assistir o filme com certeza vai perceber todas as referências à história e aos personagens – em especial aos Cinco: Parzival, Art3mis, Daito, Sho e Aech – e porque Jogador Nº1 / Jogador Número 1 me fez refletir sobre o problema do preconceito e de tirarmos conclusões precipitadas quando vemos uma pessoa, independente de sua idade, gênero ou aparência. Eu altamente recomendo que você assista esse longa-metragem sensacional, seja pra refletir um pouco sobre tudo isso ou apenas para se entreter e passar bons minutos na companhia de várias referências fantásticas do universo da cultura pop!
Vocês vão assistir Jogador Nº1 / Jogador Número 1 ? Me contem o que acharam e qual referência / Easter Egg vocês mais gostaram de ver no filme? Vamos refletir juntos nos comentários!!
Um Super Beijo e Até a próxima! *Hoot-hoot*
This post was last modified on 11 de julho de 2019 12:06
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Comentários:
Bela resenha! Eu gosto muito da obra do Spielberg, ele sempre nos surpreende com ótimos trabalhos e também curti muito a adaptação. Este livro conta uma história extraordinária, por isso quando soube que estrearia sabia que devia vê-la. Excelente filme! Tinha escutado muitos elogios e depois de ver devo de dizer que realmente essa animação é excelente e muito criativa. O filme é uma viagem cheia de diversão, emoção e aventura, como todos os filmes do steven spielberg. Filme maravilhoso em todos os aspectos. Tem uma grande animação e uma trilha sonora muito bem elaborada. É um filme feito para crianças, mas seguramente vai agradar aos adultos. Recomendo a todos, vale muito a pena.